Licenciou-se em Pintura (Faculdade de Belas Artes de Lisboa). Tem um Bacharelato em Cenografia e Modelos de Teatro (Escola Superior de Teatro e Cinema).
“Pedro Zamith, artista ágil a manusear o imaginário popular, qual malabarista de descontextos, vai ao encontro de personagens reais e encontra-as um nada antes de tudo ficar escrito na pedra. Entramos pela sua mão num quarto dos fundos, numa sala de espera ou num estúdio obscuro para descobrir as subtilezas que as luzes da ribalta ofuscariam impiedosamente segundos mais tarde. Zamith pinta torto sobre linhas direitas, é um pintor-prestigiador que conta a História como muito bem lhe apetece, o que pode dever tanto ao “realismo” de Magritte como à manipulação de Orson Welles em F for Fake. Depois de passarem pela mise-en-scéne zamithiana, estas personagens resultam mais humanas, assim, com agá pequeno. E então a História rescrita parece-nos outra, mais tortuosa, com mais falhas, e por isso mais verdadeira, o que merece certamente um sinuoso sorriso.”