“No rosto apresenta-se o ente por excelência” (Lévinas)
Tendo como base o rosto como expressão do sentido humano em Lévinas, a expressividade do rosto centra-se como base de objecto pictórico, na conjugação da personagem/objecto, o fruidor e o eu como centro, alma gestualmente conjugada entre as bases e delimitações existenciais.
“É como um e vários espelhos, reflexos onde tudo se conjuga.”
O reflexo do objecto de composição em contraste com a percepção sócio-cultural, Estética, aquando do Belo como factor de reflexão existencial, conjuga e contrasta com o espelho e reflexo do fruidor (de quem vê, observa), centralizando o Eu como criador, espelho de espelhos e reflexo de reflexos.
Citando Dostoievsky “somos todos culpados de tudo e de todos perante todos, e eu mais do que os outros”.
Serei sempre responsável no que dita a Obra, no resultado do objecto artístico, fruto da minha criação e percepção Estética.
É dos reflexo, como imagens de espelhos que as minhas Obras resultam. Tomando estes como resultado existencial da minha formação social e cultural.
Sou fruto do que me rodeia e de quem me rodeia e expresso-me assim, onde a Alma da minha criação é o resultado final de mim mesmo na limitação do eu.
Coimbra, Agosto 2015